terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Projeto Brasil


 Investir em infraestrutura fez do Brasil um verdadeiro canteiro de obras. A realização de grandes eventos esportivos, tais como a Copa em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 têm feito inúmeros empreendimentos saírem do papel. A construção de hidrelétricas, aeroportos, rodovias e obras de mobilidade urbana cumprem um papel importante na política do governo. Melhorar os diversos setores da economia e/ou construir grandes empreendimentos passa primeiramente pela gestão de projetos. A construção de hidrelétricas, aeroportos, rodovias e obras de mobilidade urbana precisam ter propósitos bem claros e confiáveis para produzirem um resultado de valor agregado para a sociedade. 



A gestão de projetos é um processo em que o gestor toma decisões para realizar atividades em prazo definido. Apesar, de o nosso país ter virado um canteiro de obras, o Brasil não é referencial em gerência de projetos. Tanto o setor público quanto o setor privado são deficientes quando se tratam do assunto, elaboração e execução de projetos. Há inúmeras causas que levam as empresas e o governo a projetos mal-sucedidos. Uma delas é falta de planejamento e pessoal qualificado. No setor público, há inúmeros exemplos de obras inacabadas e/ou sem previsão de término. Já no setor privado erros e falhas na elaboração de projetos são problemas mais comuns. 

A elaboração de projeto engloba três níveis de planejamento: estratégico, tático e operacional. No nível estratégico a alta cúpula é responsável pela definição dos objetivos, planos e tomada de decisões quanto a questões de crescimento, expansão e eficácia geral da organização para os próximos anos. No nível tático traduzimos os objetivos gerais e estratégicos da alta direção em objetivos e atividades específicas de cada departamento e/ou setor da organização. No nível operacional focamos nos funcionários para que os mesmos implementem os planos específicos definidos no nível tático. 


Ao elaborar um projeto é importante definir claramente a necessidade e objetivo do projeto. Sem essas premissas o projeto tende a ser um fiasco. Além disso, é importante formar uma equipe coesa, alinhada com as diversas etapas do projeto, pois a falta de interação e comunicação com as atividades subsequentes interfere na execução do projeto. Cada um dos 24 ministérios e 13 órgãos com status de ministério espalhados pela Esplanada tem um planejamento específico, que, muitas vezes, não se comunica com o dos vizinhos. A própria presidente, segundo assessores próximos, tem uma visão muito particular. O economista João Paulo dos Reis Velloso, que foi ministro do Planejamento nos governos Médici e Geisel, é sarcástico ao falar da estratégia oficial de longo prazo: “Se você souber de uma, me avise”, ironizou. “O PAC- Programa de Aceleramento e Crescimento não tem nada de ruim, mas é apenas um programa. Foi depois que o planejamento virou ministério que começaram os voos de galinha”, alfinetou o economista, responsável pelo II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), de 1975-79.


 Cumprir prazos é um grande desafio para empresas e governo, pois o brasileiro não tem a cultura de planejar. Em geral, os planejamentos na esfera pública são do tamanho dos mandatos políticos. ‘’A União, por exemplo, teve dificuldade de fazer parcerias com a China na área de preservação de biodiversidade, durante a Rio+20, pois só temos projetos no setor para dez anos, enquanto os asiáticos planejam as próximas três décadas”, contou a ministra Izabella Teixeira.


A procura por cursos direcionados a gestão de projetos não fará do brasileiro um exímio gestor de projetos. È preciso know-how  e pelo visto não temos bons exemplos na prática de gestão de projetos no mercado.   

Tendo em vista, nos últimos anos o Brasil ter se tornado um grande canteiro de obras ainda temos muito que aprender para tornar concreto um antigo projeto ‘’ Brasil, um país do futuro’’, pois para termos um futuro exitoso é importante tirar a ideia do papel e fazê-la seguir adiante.


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