Todo gestor competente sabe que o
segredo é ser humilde e contratar pessoas mais inteligentes do que ele. Todos
nós somos mais ou menos incompetente, pois ao longo das nossas vidas passamos
por vários aprendizados e com isso adquirimos competências através do
conhecimento e prática.
A gestão por competência tem como
objetivo definir profissionais que proporcionem mais lucro, resultado,
criatividade e inovação para a empresa. A gestão por incompetência tem como objetivo lidar e preparar profissionais incompetentes em
competentes. Afinal, ninguém nasce competente e preparado para o mercado de trabalho.
A grande maioria das empresas receia em
contratar pessoas inteligentes e bem-preparadas. Pessoas competentes sem dúvida
merecem ser mais bem remuneradas que a maioria. Pessoas competentes e
mal-remuneradas são mais danosas para uma organização do que um incompetente
bem-remunerado. Geralmente, um profissional competente e inteligente ao ir
embora pode levar consigo a maioria dos clientes. Situações assim é mais comum
do que se imagina no meio empresarial.
A gestão por meritocracia ainda é uma
realidade distante no Brasil. O teste do QI- Quem Indica é uma prática
muito comum em processos seletivos tanto em empresas privadas e públicas.
Porém, há diferenças entre o QI das empresas privadas e públicas, pois se
alguém indica um profissional para o setor privado a pessoa que indicou vincula
seu nome e reputação deste profissional dentro da empresa. Sob essa condição
muitos profissionais do setor privado temem o QI. Afinal, ninguém quer se
‘’queimar’’ com o chefe por uma péssima indicação profissional. Ao contrário do
setor privado no setor público o QI sempre foi uma prática comum de loteamento
de cargos públicos. O único critério é ter um apadrinhado político com
influência forte para alcançar altos cargos públicos. No Brasil, a maioria dos
cargos de confiança segue critérios políticos.
A escolha errada de profissionais traz
consequências danosas em instituições públicas e privadas. Na maioria dos casos
as nomeações políticas quase nunca levam a resultados satisfatórios. Pesquisam
apontam que um trabalhador que tenha todas as qualificações para seu ofício
produz 40% mais do que um funcionário mediano. Quanto maior a complexidade da
tarefa maior será a diferença de produtividade entre funcionários.
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