domingo, 20 de janeiro de 2013

Gestão por incompetência




Todo gestor competente sabe que o segredo é ser humilde e contratar pessoas mais inteligentes do que ele. Todos nós somos mais ou menos incompetente, pois ao longo das nossas vidas passamos por vários aprendizados e com isso adquirimos competências através do conhecimento e prática. 

A gestão por competência tem como objetivo definir profissionais que  proporcionem mais lucro, resultado, criatividade e inovação para a empresa. A gestão por incompetência tem como objetivo lidar e preparar profissionais incompetentes em competentes. Afinal, ninguém nasce competente e preparado para o mercado de trabalho. 






A grande maioria das empresas receia em contratar pessoas inteligentes e bem-preparadas. Pessoas competentes sem dúvida merecem ser mais bem remuneradas que a maioria. Pessoas competentes e mal-remuneradas são mais danosas para uma organização do que um incompetente bem-remunerado. Geralmente, um profissional competente e inteligente ao ir embora pode levar consigo a maioria dos clientes. Situações assim é mais comum do que se imagina no meio empresarial.


A gestão por meritocracia ainda é uma realidade distante no Brasil. O teste do QI- Quem Indica  é uma prática muito comum em processos seletivos  tanto em empresas privadas e públicas. Porém, há diferenças entre o QI das empresas privadas e públicas, pois se alguém indica um profissional para o setor privado a pessoa que indicou vincula seu nome e reputação deste profissional dentro da empresa. Sob essa condição muitos profissionais do setor privado temem o QI. Afinal, ninguém quer se ‘’queimar’’ com o chefe por uma péssima indicação profissional. Ao contrário do setor privado no setor público o QI sempre foi uma prática comum de loteamento de cargos públicos. O único critério é ter um apadrinhado político com influência forte para alcançar altos cargos públicos. No Brasil, a maioria dos cargos de confiança segue critérios políticos. 

A escolha errada de profissionais traz consequências danosas em instituições públicas e privadas. Na maioria dos casos as nomeações políticas quase nunca levam a resultados satisfatórios. Pesquisam apontam que um trabalhador que tenha todas as qualificações para seu ofício produz 40% mais do que um funcionário mediano. Quanto maior a complexidade da tarefa maior será a diferença de produtividade entre funcionários. 

No Brasil, o QI é a principal forma de recrutamento ele funciona para todas as profissões e cargos. Quanto mais alto o cargo maior deverá ser seu QI. Para ser indicado é necessário criar relacionamentos  e ter contato com pessoas influentes no mercado. Ter um bom currículo nem sempre é suficiente para conseguir um bom emprego e/ou ser recolocado no mercado de trabalho. Por outro lado, não ter um currículo muito bom, mas ter apadrinhados influentes nos deixa no mesmo nível dos ‘’profissionais competentes’’.





Nenhum comentário:

Postar um comentário