quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Por que estudamos e trabalhamos por dinheiro?


O desenvolvimento de um país depende de recursos financeiros bem gerenciados. È dever do Estado manter em pleno funcionamento, uma complexa rede de serviços públicos tais como: postos de saúde, hospitais, escolas, segurança, iluminação pública, tratamento e fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e lixo, conservação de estradas e vias urbanas, etc. São os cidadãos, beneficiados pelos serviços públicos postos à sua disposição que fornecem esses recursos. Cada cidadão contribui com uma quota, calculada segundo suas rendas, suas propriedades e suas atividades econômicas.

O Brasil, foi por muito tempo uma colônia de exploração e seus recursos naturais eram explorados para atender a demanda do mercado europeu. Os lucros oriundos dessa atividade não eram aplicados ao desenvolvimento local, mas  aos caprichos da Corte Portuguesa. Nosso primeiro educador foram os padres jesuitas. Com a vinda da Corte Portuguesa ao Brasil foram criados alguns cursos de formação profissional voltado as necessidades imediatas da Família Real. Os Portugueses proibiam a circulação de livros, jornais ou panflletos em suas colônias, a fim de evitar rebeliões. As raízes de trabalho no Brasil era ser escravo, sem qualificação, ganhar pouco ou nada pelo seu esforço. Nossa referência de ensino é a pior possível, pois o culto a ignorância, a repressão ao ensino foi o meio de manter-nos inerte aos acontecimentos do mundo.

As pessoas que elegemos deveria ser indivíduos inteligentes, competentes e altamente organizado para planejar eficientemente nossos impostos para o bem do povo e deles mesmos. Da mesma forma que nós contratamos um empregado para agregar valor a nossa empresa/atividade/negócio. Por que não fazemos o mesmo como nosso representante político? Toda empresa para nos contratar exige: formação, experiência, referência e qualificação. Por que ao escolher nosso representante não levamos isso em conta?

A história de praticamente todos os países desenvolvidos começa com a acumulação de riqueza, visando formar  uma estrutura para gerar crescimento e riqueza a seu povo. Eles reconheceram muito antes de nós, brasileiros que para desenvolver um país é preciso formar educadores, cientistas, químicos, físicos, advogados, médicos, publicitários, engenheiros, biológos, matemáticos, geológos e dentre outras profissões para atuar nos diversos setores da economia: primário, secundário e terciário. São pessoas dotadas de conhecimento que realizam experimentos e abrem novos caminhos para mover a economia. São pessoas que converteram o conhecimento dando suporte a gerar mais conhecimento, no caso os professores. Eles formaram um exército de profissionais extremamente qualificados que estão nas universidades, hospitais, escolas públicas, comércio, indústria, vendedor, setor público, etc. Esse foi o pensamento adotado pelos países desenvolvidos para atingir o ápice de sua economia.

Atualmente, vivenciamos o desenvolvimento e a ‘’modernização’’ do capitalismo no Brasil. A população brasileira vem consumindo tanto artigos de primeira necessidade como superfúlos. O sistema capitalista se desenvolve pelo emprego do capital bem-empregado, pois para compartilhar as dádivas das oportunidades e crescimento, é preciso investir principalmente em educação. Para construir, realizar e fornecer serviços utéis a sociedade necessita-se de mão-de-obra qualificada para fazer a ‘’roda da fortuna’’ girar.

Será que o brasileiro está preparado para viver o sistema capitalista na sua integralidade? Consideramos uma regra primordial do capitalismo que é: um dia bem-trabalhado é igual a um dia bem-remunerado. No capitalismo para receber tem que trabalhar. Não existe moleza ou desculpas. A lei é uma só: ‘’Time is Money’’. Com a globalização, o Brasil tem que se enquadrar ao novo modelo interncaional. Não é à toa que o mercado de trabalho está mais exigente. O reflexo do ‘’capitalismo selvagem’’ está modificando os hábitos e comportamento do cidadão brasileiro. Esses hábitos estão no cotidiano tais como: aumento do consumo, o espírito empreendedor(capital intelectual objetivando sucesso e riqueza), maior qualificação, maior experiência, atitude, personalidade, inovação e criação de idéias, etc.

Em contrapartida, as  exigências desse novo modelo temos arraigados em nossa cultura os auxílios do governo. Na nossa sociedade existem alguns brasileiros que querem receber sem trabalhar e conseguem!! È uma opção de vida esperar o auxílio do governo, pois pode-se viver com pouco sem fazer muito esforço.

No capitalismo é possível exigir menos horas de trabalho e manter o mesmo salário? Por mais criticas que o sistema capitalista receba o princípio para acumular riqueza é único não existe riqueza sem esforço.

È fato histórico que o capitalismo usufruiu das colônias de exploração para adquirir metais e assim acumular riquezas. Parece absurdo, mas os países desenvolvidos acumularam riquezas para garantir o desenvolvimento de seu País. Eles beneficiaram seu povo com ruas, estradas de ferro, escolas, universidades, construção de navios, fábricas, comércio, etc. Eles aplicaram a quantia necessária à construção e manutenção de estradas, aplicaram em equipamentos e máquinas para indústria, aplicaram em estudos e pesquisas. Não pretendo aplicar a lei os meios justificam os fins. Muito menos considerar o capitalismo como modelo de perfeição, mas extrair apenas a essência do dinheiro como gerador de desenvolvimento e oportunidade ao ser humano.


Portanto, estudamos e trabalhamos por dinheiro para vê-lo prosperar nos diversos segmentos da sociedade. È muito difícil para os ocidentais não vincular essa relação. Como diz a letra da música do Titãs: ‘’ a gente não só quer dinheiro, a gente quer dinheiro e felicidade. O dinheiro só traz felicidade para quem sabe usá-lo de maneira correta.

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