quarta-feira, 27 de julho de 2011

Coisas que não aprendemos nas instituições de ensino superior





Algumas coisas aprendemos depois de formados e percebemos na experiência profissional o quanto tivemos um ensino deficiente da escola a faculdade. Ao longo da nossa formação educacional aprendemos muitas coisas, mas o que isso nos acrescenta em termos de uma vida mais prática? Pouca coisa.

O que seria uma vida profissional prática? Sermos orientados profissionalmente que temos dois caminhos a seguir ser: empregador ou empregado. Nosso ensino nos prepara para sermos empregados. As instituições de ensino nos preparam para o mercado de trabalho com vagas. Não temos a cultura em materializar ou transformar o conhecimento em algo produtivo e rentável para nós mesmos. È por isso, que nos direcionam a sermos empregados.

Se tivéssemos um ensino que nos orientasse a compreender os problemas, idéias e oportunidades da vida profissional e ao mesmo tempo desenvolvesse nossa mente a encontrar soluções, nossa jornada ao mercado de trabalho seria menos traumática.

No tópico anterior questionei onde estão os profissionais que o mercado não consegue absorver.Provavelmente, estarão na fila de uma agência de emprego tentando alguns trocados para sobreviver. Outros estarão iniciando uma nova graduação ou fazendo cursos para aprender um novo oficio e outros estarão lotando as salas de cursinhos preparatórios para concursos. Estamos na era ''indústria dos concursos''. Uma corrida marcada por mais estudos e investimentos por uma vaga de trabalho no setor público.

Atualmente, nos deparamos com muitos profissionais formados e em muitos casos com especialização, mas desempregados. O que está faltando? Aliar experiência a prática ou encontrar soluções para um mercado cada mais instável.

A escolha de uma profissão está diretamente relacionada a nossa economia. Vejamos os cursos de Matemática, Fisica, Geografia, Quimica, Sociologia, Letras, Serviço Social, Economia, etc. Alguém com essa formação estaria atuando no mercado de trabalho? Acredito que sim, mas talvez na condição de professor. Quantas pessoas querem fazer uma graduação nessa área? Quase ninguém, né? Como será lecionar em uma instituição estudantes para esses cursos, sendo que depois da graduação muitos estarão desempregados ou se tornarão professores.

Não fomos orientados aos intempéries da profissão no mercado de trabalho. È provável que muitos alunos desses cursos citados saibam o conhecimento prático, mas irão direcionar ou transformar o que aprenderam em que mercado? A instituição de ensino lhes informaram que investimos pouco ou quase nada em ciência e tecnologia. Os cursos de Física, Matemática e Quimica são praticamente insignificantes para nossa economia.

Por que será que muitos brasileiros estão insatisfeitos profissionalmente com seus empregos e salários? Existem culpados pela nossa frustação profissional? Será que fomos preparados pelas instituições de ensino a lidar com as transformações econômicas e o desemprego?

As coisas que são de utilidade a todo graduando é entender as regras da CLT, em especial explicar nossos direitos e deveres. Isso é importante para planejarmos nossa aposentadoria e conhecer o que nos espera lá na frente é um teto minimo ou máximo a depender do nosso salário como empregado. Nos orientar a respeito do PIS e FGTS. Não é à toa que muitos brasileiros deixam de resgastar o PIS por falta de informação. Afinal, essa informação é importante a qualquer profissional. Explicar que se formos empregador somos capazes de dominar e criar um mercado de trabalho capaz de garantir nosso sustento e mover a economia. Porém, assim como uma moeda há sempre os dois lados e cada um com suas dificuldades e custo. Por que nao nos ensinaram coisas mais práticas?

Portanto, nossas instituições de ensino não desenvolveram nosso potencial humano de transformar um problema, uma oportunidade ou uma idéia em algo rentável para nós e consequentemente para nossa economia.

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