terça-feira, 26 de julho de 2011

Fazer o que se gosta dá dinheiro?


A relação trabalho x dinheiro em muitos casos não está associada ao prazer proporcionado pela sua execução. A palavra ‘’trabalho ‘’ deriva do latim "tripaliare", que significa torturar; daí a passou a idéia de sofrer ou esforçar-se. Desde a mais tenra idade somos influenciados a escolher uma profissão que nós dê no futuro sustentabilidade econômica.

A escola exerce uma excessiva preocupação com nossa formação profissional e mercado de trabalho nos direcionando a estudar para ser alguém. Esse ‘’alguém’’ é não ser excluído da sociedade ou parecer ser bem-sucedido na profissão.

As profissões ligadas as artes, biologia, oceanografia, filosofia, paleontologia, sociologia, professor e dentre outras áreas que possuem em sua rotina de trabalho aspectos ligados ao sensorial e maior contato com a natureza tendem a ser profissões prazerosas. È provável, que muitos profissionais estejam satisfeitos com seu trabalho, mas ''o gostar'' não lhes trazem um bom retorno financeiro nessas áreas. Qual o sentido de fazer o que se gosta sem ser bem remunerado?

No Brasil existem algumas áreas que podemos adorar, amar ou idolotrar, mas dificilmente acharemos vagas no mercado de trabalho. As pessoas que realmente amam os cursos de: Física, Matemática, Artes Plásticas, Sociologia, Filosofia, Paleontologia e demais áreas com pouca demanda, geralmente optam por seguir essas profissões em centros de ensino e pesquisa em alguma universidade.

A idéia de fazer o que se gosta irá consequentente gerar dinheiro, reconhecimento, valorização e satisfação é totalmente equivocada. Infelizmente, estudamos e trabalhamos por dinheiro. Recebemos um salário para compensar o esforço que nos propusermos a executar uma atividade e/ou a compensar os longos anos nos bancos escolares.

Nas últimas décadas, a globalização provocou uma série de mudanças na economia, na relação de trabalho e educação. Muitas dessas mudanças são perceptíveis na extinção de algumas profissões e surgimento de outras, devido a inserção de novos hábitos e comportamentos no consumidor. Além disso, muitos profissionais estão sendo forçados a mudar completamente de ocupação e/ou especializar-se em áreas para acompanhar as exigências do mercado.

Tendo em vista, que a vaidade está em alta muitos médicos estão trocando suas especialidades pela medicina estética. Nessa onda também seguem os fisioterapeutas, nutricionistas, esteticistas e outros profissionais que disputam a tapa uma fatia desse mercado. Como os médicos possuem um maior ‘’know how’’ na saúde os demais profissionais investem pesado em cursos e contam com o aliado fundamental a experiência prática no mercado da vaidade, pois para muitos médicos essa ‘’tendência’’ é uma novidade.

A busca pela excelência e resultado são a ordem do mercado de trabalho. Nós, brasileiros teremos que trabalhar arduamente para sermos competitivos com aqueles países que possuem uma forte tradição de profissionalismo. Precisamos incorporar a ideologia da perfeição. Japão e Europa possuem tradições e ritos milenares em relação ao conceito de trabalho, por isso são muitos exigentes com nossos produtos que saem daqui. Os vários selos de exportação não é apenas uma restrição para dificultar a saída de nossos produtos, mas garantir que temos excelência na produção a comercialização.

Portanto, fazer algo bem-feito que demonstre maestria em alguma área é o que nos dá dinheiro, pois em tempos de mudança é necessário adaptarmos nosso gosto ao mercado.

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