sexta-feira, 23 de maio de 2014

O que vem do Oriente não balança o Ocidente, especialmente o Brasil

O Oriente estigmatizado e conhecido como ‘’barril de pólvora’’. Criticado pela sua cultura e estilo de vida arcaico, ressalta-se imagem essa divulgada e disseminada pelo seu arqui-inimigo EUA, claro. Há inúmeros conflitos no Oriente, que nós, brasileiros não entendemos muito bem o motivo de tantas brigas e disputas. Sabemos vagamente que os conflitos giram entorno de questões religiosas e políticas. Por política entende-se disputa pelo petróleo entre os países do Oriente e EUA.

È notória as diferenças culturais entre Oriente e Ocidente, daí a dificuldade em mantermos relações comerciais e políticas mais amistosas. Principalmente, com EUA. Porém, com o Brasil a coisa é um pouco diferente. Sob um olhar clínico constamos que temos uma cultura similar ao Oriente. Vejamos, por exemplo a poligamia, bigamia e adultério. Bigamia e poligamia são proibidos no Brasil, porém o adultério deixou de crime. Bem, a grosso modo trair não tem problema, desde que você não case com uma ou mais pessoa. Em regra no Brasil, qualquer  homem ou mulher podem ter quantos parceiros quiserem concomitantemente ou não. No Ocidente mudaram o nome para relação aberta ou poli-amor. Ambas ou várias partes estão cientes de seus ‘’casos’’. Triângulo ou  octógono amoroso você escolhe quantos membros adentram em sua relação. Novelas e filmes estimulam essa tendência de ‘’estar aberto a inúmeras relações’’.

            

Casamento infantil ou pedofilia? No Brasil o casamento infantil e pedofilia são proibidos por lei. Mas namorar pode. Jovens adolescentes brasileiras têm capacidade de consentir e escolher seus parceiros sejam eles adultos ou não. Há casos que os pais podem ou não apoiar o namoro, mas a lei só interferirá no romance entre um adulto e adolescente em caso de abuso sexual. A exploração sexual infantil ainda é uma constante no Brasil e um dos fatores é a situação de pobreza que fomenta essa prática. Dado esse que faz que o país ocupar o primeiro lugar em exploração sexual infanto-juvenil na América Latina e o segundo no mundo. Nos últimos anos percebemos uma evolução da consciência brasileira em combater o abuso sexual infantil. 

Por outro lado, nossa cultura contribui para estimular a sexualidade precoce de nossas crianças. Entre os anos 80 e 90 os programas infantis eram apresentados por belas mulheres em trajes mínimos. Sendo que muitas delas também já pousaram para playboy ou fizeram filmes eróticos. Além disso, os próprios políticos estão envolvidos em escândalos de pedofilia no Brasil. Essa semana a Presidente Dilma Roussef sancionou  uma lei que torna crime hediondo a exploração sexual infanto-juvenil. Isso será apenas uma lei como as demais. Temos muitas leis, mas com quase ou nenhuma eficácia. 

       

As mulheres da Arábia Saudita tentam quebrar outra barreira para sua independência poder dirigir um automóvel. No Brasil, as mulheres podem dirigir livremente, mas também escutam inúmeras piadinhas no trânsito: ‘’Só podia ser mulher’’, Comprou a carteira de motorista, Vá pilotar um fogão que é seu lugar, Mulher no trânsito perigo constante, dentre outras piadas desmoralizantes das habilidades femininas. A cultura brasileira é machista. Em média as mulheres recebem salários menores em relação ao homem na mesma função. Na Arábia Saudita os homens têm permissão para bater nas mulheres. Aqui, apesar de não existir permissão ainda é grande o número de mulheres agredidas por seus companheiros e/ou parceiros. Apesar de existir a Lei Maria da Penha para combater a violência contra a mulher estudos apontam sua ineficácia. 

È muito fácil para alguns países do Ocidente criticar e inferiorizar a cultura e o estilo de vida Oriental  quando em muitos deles há em sua própria cultura similaridade com leve toque de eufemismo, definição ou contexto. O pau que bate em Mohammad é o mesmo que bate em Manoel. 

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