quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A prática leva à perfeição


Apesar de ninguém ser perfeito a prática nos torna proficiente em determinado assunto. Há alguns assuntos que podem ser perfeitamente dominados pela compreensão intelectual. Um deles é o estudo das leis humanas. Geralmente, nas disciplinas de ciências humanas o professor quase nada contribui para a formação prática dos estudantes. Estudantes de ciências humanas são apenas leitores de teorias. Ler e compreender os grandes princípios envolvidos em determinada teoria nos levará a maestria do assunto. Sendo assim, qualquer um pode ser autodidata em ciências humanas, basta que saiba ler e interpretar textos. Sem auxílio de professores podemos ser leitores das Leis(Direito), Psicologia, Administração, Sociologia, Economia, Filosofia, História, etc. 

Por outro lado, há assuntos que requerem mais que a compreensão intelectual. Em alguns casos exige-se desenvolvimento pessoal e funcional da mente e corpo para acompanhar a compreensão intelectual do cérebro. È o caso, de algumas disciplinas tais como: música, arte e esporte.  Por exemplo, suponha que desejamos tocar piano. Há inúmeros cursos completos de instrução disponíveis (livrarias e internet). Alguns destes cursos são elaborados pelos mais eminentes profissionais do ramo. Através de explicações, figuras, diagramas e exercícios cuidadosamente selecionados para aprendermos a tocar piano. Em 8h de leitura contínua o aluno compreenderá intelectualmente as palavras, as afirmações e as frases utilizadas para lhe dizer o que fazer. Podemos dizer que a capacidade do aluno em ler o material em 8h contínua o tornará capaz de demonstrar o que aprendeu? Embora, a primeira lição exigisse apenas vinte minutos de leitura para compreender intelectualmente as instruções, levaríamos no mínimo 05 ou 06 dias de prática intensiva para fazer os dedos e algumas partes do corpo habéis o bastante para demonstrar as instruções na primeira lição.
A maestria de certas artes e ciências requer, além da compreensão intelectual, o desenvolvimento de certas atividades ou centros nervosos, músculos e ações por parte da mente e do corpo para responder aos comandos do intelecto. Devemos ter em mente que a leitura, o estudo e a reflexão são exercícios para o cérebro e que são tao importantes e vitais para o sucesso na vida como qualquer exercício fisico. Desenvolver competências implica corrigir detalhes dentro de deteminado contexto. Na educação, isso implica que os alunos dominem o contexto, o campo de conhecimento e analise os detalhes. Infelizmente, isso não ocorre no ensino. Para chegarmos a perfeição a técnica também precisa ser perfeita. A diferença entre prática ineficaz e eficaz significa a diferença entre mediocridade e maestria. 
Praticar a maestria em qualquer atividade requer destreza. Educar, despertar e treinar certas funções da mente e do corpo exige tempo para acostumar o corpo e a mente a se familiarizar com as atividades exigidas. Aqueles que alguma vez já praticaram alguma atividade física sabem o quão é necessária a prática contínua para adquirir e manter um bom condicionamento físico. Aqueles que praticam alguma atividade fisica sabem que a grande dificuldade a ser superada não é uma questão de compreender a importância da atividade física, mas sim praticá-la diariamente. 
Nosso cérebro é dividido em áreas. Cada área é dedicada e utilizada unicamente a um propósito. Por exemplo, há uma área para memorizar palavras, outra para falar, outra para ouvir, etc. È por esta razão que a ampla leitura, a ampla investigação de muitos assuntos, a investigação em várias linhas de conhecimento nos tornarão maiores, nem tanto pelo conhecimento que, de fato é ganho, mas pelo fato que os vários assuntos e linhas de pensamento tenderão a despertar e estimular as várias áreas do cérebro aliadas a elas. 
 Durante nossa infância aprendemos a andar praticando lentamente e diariamente. Andamos não porque não compreendíamos em nosso cérebro o que deveria ser feito, mas porque tivemos que proporcionar em nosso corpo tempo e oportunidade para desenvolver uma fase de receptividade para a ação de andar. O benefício da prática continuará tendo seu efeito nas faculdades mentais, intelectuais e físicas envolvidas. Por exemplo, se lhe dermos um exercício que lhe diz o que fazer e você pratica isso por 02 ou 03 minutos, você imediatamente desperta determinada faculdade (física ou mental), pois direcionamos nossa consciência para aquela função e assim, ajudamos a mantê-la desperta e ativa. Com o passar do tempo, essa faculdade vai aumentando em agilidade, atividade , proficiência e receptividade. Embora, a prática seja importante não devemos fazer dela uma obsessão. 
A prática é definida como repetição de uma habilidade, a fim de desenvovê-la. Por outro lado, esse comportamento padronizado não oferece melhoras com o passar do tempo. A perfeição não está no só controle. Também está em se deixar levar. Supreender a si mesmo e depois os outros. 


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