quarta-feira, 9 de maio de 2012

O mundo precisa de pax e business

A exploração religiosa não é um fenômeno novo. A globalização também se traduz por influências religiosas. No contexto atual, no qual todos querem prosperar, ter riqueza, ter emprego, ter fama, ter sucesso, ter negócio próprio, etc. È nesse sentido que apelamos a todos os santos, deuses, orixás e demais entidades divinas para nos socorrer do desemprego, da concorrência, da depressão, da dívida, da desintegração familiar, da violência e dos muitos problemas mundanos.

Transfiramos tudo para Deus solucionar, inclusive sintomas que nada tem a ver com a nossa fé, crença ou espiritualidade. Um exemplo disso é um slogan de uma dessas igrejas business. Se você sofre de algum desses sintomas: nervosismo, insônia, dores de cabeça constante, desejo de suicídio, vícios, depressão, doença que os médicos não descobrem medo, ouve vozes ou vê vultos, etc. Deus é a solução. Pare de sofrer. O comércio da fé obtém muitas vantagens em nome de Deus, Alah, oxalá, Jeová,  Brahma, dentre outros nomes designados para o criador.

Desemprego, falência e instabilidade financeira têm sido umas das principais causas do desespero de muitas pessoas. A superação da crise financeira e o sucesso econômico também são solucionados pelas igrejas. Problemas no relacionamento com os filhos ou marido a solução também está na fé da cura amorosa.

A perda e a inclusão de novos valores na sociedade têm deixado muitas pessoas ''perdidas'‘. È nesse contexto que as igrejas atuam tentando ''orientar'' os desorientados.  Diante dessa situação a tendência é abarcar uma maior quantidade de seguidores fiéis a igreja.  Para isso, muitos líderes religiosos se alinham aos problemas sócio-econômico e aos desejos do mundo mundano globalizado, pois estamos obcecados pelo materialismo.  A teologia da riqueza ou prosperidade é o carro-chefe da pregação do evangelho. Muitos fiéis querem ser ricos, ter sucesso nos negócios e a igreja fomenta que não é pecado ser rico.

Nem todos estão preparados para serem ricos, pois nem todos têm a sabedoria para fazer bom uso de suas posses.  Ao defenderem e legitimarem os valores da sociedade secular (riqueza, poder e sucesso), e ao oferecerem às pessoas o que elas ambicionam, e não o que realmente necessitam aos olhos de Deus, tais igrejas crescem de maneira impressionante, perdendo a oportunidade de produzir um impacto salutar e transformador na sociedade. Portanto, as igrejas estão financeiramente mais ricas e espiritualmente mais pobre.

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