quarta-feira, 25 de abril de 2012

Os riscos da preocupação – Don’t worry be happy


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Escolhas profissionais, contas a pagar, educação dos filhos, relacionamentos afetivos, violência, cumprir horários, assuntos de trabalho, desempenho sexual, carreira profissional, desemprego, saúde,  atingir metas, aquecimento global, etc. Há uma infinidade de pensamentos que atordoam nossa mente e muitas vezes nos tiram o sono. Motivos para preocupações não faltam. Nos preocupamos para resolver os impasses da vida e viver um futuro melhor.

Preocupar-se não é tão mau. O problema é quando as aflições nos atingem de forma exagerada prejudicando nossa forma de pensar. Em muitos casos os problemas que mais nos atormentam requerem resolução da questão. E para resolver um problema necessitamos de criatividade e sensatez. Logo, quanto maior nossa aflição menor será nossa capacidade de encontrar soluções criativas e sensatas.

A preocupação crônica, patológica é originária da compulsão por controle. Os preocupados crônicos acreditam que quanto mais pensarem sobre a questão que os incomoda e tentarem controlar a situação, melhor será a solução dos problemas e o planejamento do futuro. A tendência inata dos seres humanos é pensar sobre o futuro. Os excessivamente preocupados nutrem a crença de que a aflição lhes propicia controle, evitando assim situações as quais não detenham nenhum poder. Um estudo apontou que os preocupados patológicos se martirizam por questões que raramente ocorrem. Os participantes do estudo nutriam um pensamento exagerado sobre um possível acontecimento negativo eles acreditavam que pensando assim evitaria que acontecesse. A pesquisa mostrou que quanto mais cultivamos pensamentos negativos, mais as ameaças nos parecem reais e mais se repetem, às vezes de forma incontrolável.

O psicólogo Daniel Wegner, da Universidade de Havard, descobriu no experimento que quando as pessoas recebiam ordens para não pensar em um urso-branco, demonstravam a tendência de mencioná-lo com frequência. Ao tentarmos nos livrar de uma preocupação ou de um pensamento recorrente a situação parece piorar. Isso acontece, porque a pessoa permanece consciente do pensamento indesejável.

Por outro lado, especialistas suspeitam que, em muitos casos, a preocupação pode não só beneficiar o desempenho como ainda incentivar a ação. Um estudou revelou que os fumantes podem ser mais propensos a ser convencidos a desistir do cigarro quando se preocupam com os seus riscos. Isso talvez explique as imagens impactantes nos maços de cigarro como uma das estratégias entre preocupação  e motivação para largar o vício.

O fato é que todos se afligem em um momento ou outro. Embora seja difícil traçar uma linha precisa entre preocupação saudável e aflição prejudicial o importante é relaxar em momentos de preocupação.

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