quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Relações existentes entre o planejamento e avaliação na EAD



O planejamento serve para organizar nossa vida pessoal e profissional, porém nem todos tem o hábito de fazer planos. Através, dos planos alcançamos nossos sonhos e objetivos.

Tudo o que o homem cria ou alcança começa sob a forma de desejo, idéia ou pensamento. Partir do abstrato para o concreto é descrever um plano para sua realização, criação e organização. Transformar idéia em ação exige planejamento prático e definido. Colocar o planejamento em prática não é tarefa fácil, pois envolve esforço coletivo e empenho da equipe.
Os principais pontos para planejar são:
  1. Aliarmos a um grupo de quantas pessoas acharmos necessárias à criação e execução do nosso plano para o setor educacional.
  2. Devemos contar com a experiência, formação, habilidade e a imaginação de outras pessoas para executar o plano. È preciso contarmos com a cooperação de outras pessoas, logo precisamos definir que vantagens e benefícios podemos oferecer a equipe em troca da cooperação deles. Ninguém trabalha indefinidamente sem alguma forma de compensação. Nenhuma pessoa inteligente irá, tampouco, solicitar ou esperar que alguém trabalhe sem a compensação adequada, embora ela nem sempre venha em forma de dinheiro;
  3. A importância em definir a quantidade necessária de encontros com a equipe para analisar e discutir a execução dos planos;
  4. A harmonia perfeita com cada membro da equipe. Se houver desarmonia do grupo, podemos esperar pelo fracasso do plano.
  5. Se o primeiro planejamento não deu certo ou falhou devemos substituir por outro e/ou rever o erro.

O EAD, envolve o planejamento de diversos itens tais como: funções e papéis dos profissionais envolvidos, elaboração de material didático, produção de vídeo-aulas, webconferência, construção do AVA e avaliação.

Sem planos práticos e executáveis não podemos alcançar bons resultados em nenhuma atividade. O planejamento nos permite fixar metas e objetivos. No processo de planejamento e construção do AVA exige-se a aplicação de tecnologias ao contexto educacional. Para tanto, é necessário um planejamento ajustado ao estilo cognitivo e ao ritmo dos discentes, com o objetivo de facilitar o processo de ensino-aprendizagem e gerar conhecimentos. O educador ao planejar os conteúdos em meios digitais facilita a interação aluno x professor permitindo maior assimilação dos conteúdos.

Existem várias ferramentas tecnológicas aplicavéis ao EAD, porém faz-se necessário planejar a combinação certa dos diversos recursos que auxiliarão na transmissão do contéudo. O hipertexto é o termo utilizado para transformar o contéudo didático em formato digital. O educador é responsável pelo planejamento do contéudo ao formato digital. Agregar esse conjunto de informação na forma de textos, vídeo-aula, webconferência e AVA envolve e exige muitos profissionais de diversas áreas. O planejamento do AVA precisa ser de fácil manuseio, compreensão, atraente e interativo possibilitando o aprendizado do aluno.

Para elaborar o AVA, é fundamental conhecermos a proposta de estrutura do curso, disciplina da instituição de ensino, as possibilidades de comunicação, interação e execução das atividades. Além, dos dispositivos técnicos e tecnológicos disponibilizados pela instituição. Todo planejamento didático deve contemplar o contexto, considerando-se as especificidades tanto dos sujeitos aprendentes quanto do espaço de aprendizagem ou instituição. Todos esses elementos precisam ser considerados para que o resultado seja satisfatório.

A avaliação subsidia a aprendizagem,visando garantir a qualidade do resutaldo,por isso tem que ser parte integrante de um projeto de ensino. A troca de informações, a construção de conhecimentos entre o grupo, são essenciais para que ocorra a aprendizagem entre todos os envolvidos ativamente neste processo.

Os processos de avaliação predominantes, tanto nos cursos presenciais quanto nos cursos à distância, baseiam-se em instrumentos quantitativos que visam mensurar o nível de aprendizagem dos discentes em provas, trabalhos e testes, nos quais os discentes, em sua maioria, participam apenas para adquirir a nota. Avaliar, não é uma tarefa fácil, pois em muitos casos não sabemos se o conhecimento exigido na prova ou teste terá alguma validade na vida prática do discente.

Infelizmente, estamos sempre passando pelo filtro seletivo da sociedade, pois ele tenta separar aquele que sabe e aquele que não sabe, aquele que serve e aquele que não serve, aquele que é bom profissional ou profissional ruim, etc. Os testes e provas estão presentes no ingresso da universidade, vagas de emprego e concurso. Se são ou não justos não sei dizer, mas foi o meio encontrado para selecionar pessoas por mérito. Aprovação e reprovação é a única forma que temos para separar as pessoas. Atribuir isso ao aluno pode ser constrangedor, mas é o único meio de reconhecermos nossas deficiências e buscar acertar o passo.

Para ingressar na universidade ou concurso nosso mérito é estocagem de conhecimento. Os exames das escolas e universidades não visam identificar e nem desabrochar nossas propensões naturais e habilidades. A avaliação no EAD tem pontos fortes baseados na autonomia, pesquisa e autoria, competências importantes na formação de um indivíduo crítico e consciente.

A avaliação em EAD é limitada atualmente, conforme o paradigma educacional adotado. Se o objetivo for preparar mão-de-obra qualificada para o mercado ou aperfeiçoar profissionais já formados, o atual modelo de avaliação é apropriado para verificar esses objetivos. Por outro lado, se o objetivo for a formação de pessoas críticas e conscientes, o modelo atual é limitado, pois fica reduzido a dados quantitativos e a função formativa da avaliação não é empregada. Além disso, é muito difícil, do ponto de vista psicológico, que algum tipo de tecnologia consiga substituir o contato humano no processo educacional entendido como processo de formação da personalidade.

Na maioria das vezes os exames do ensino brasileiro são mal concebidos e orientados. O único intuito dos exames é avaliar o conhecimento teórico. Os exames do ensino brasileiro não desenvolve no aluno nenhuma capacidade para interpretar a vida e seus processos culturais.

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