segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sempre cabe mais um- Excesso de cargo comissionado


È evidente o excesso de cargos comissionados na administração pública. A enorme quantidade de pessoal está presente em todos os níveis e poderes na administração pública. Muitos ocupam determinados cargos por indicação política é raro os indicados possírem algum tipo de qualificação técnica. Os cargos em comissão são preenchidos sem realização de concurso público. O excesso de cargos desse tipo é apontado por especialistas como facilitador do nepotismo (contratação de parentes) e do apadrinhamento político, além de trazer ineficiência à administração pública e de aumentar as chances de corrupção.

A administração pública precisa ter cargos comissionados, só que em número reduzido. O execesso de cargo comissionado nos órgãos públicos deixa evidente que o mérito é algo subjetivo. O servidor efetivo percebe que para ascender na carreira é preciso ‘’networking político’’. Geralmente, os servidores efetivos também tentam entrar no círculo da ‘’politicagem’’ para ascender na carreira. O caminho mais curto é filiando-se a partidos políticos e/ou fazendo ‘’networking político’’. O cargo comissionado é uma moeda de troca que causa corrupção e descrença da sociedade nas instituições políticas. São poucos os órgãos públicos que valorizam os cargos efetivos.

Os políticos deveriam se compromoter em reduzir o quantitativo de cargos comissionados divulgando oficialmente o número de cargos comissionados que pretendem colocar na sua gestão. Comparando-se o quantitativo de cargos comissionados do Brasil com demais países fica evidente a relação cargo comissionado e nepotismo. Nos Estados Unidos, por exemplo, cuja estrutura pública é muito maior que a brasileira, há somente 9.051 cargos de confiança, já na Alemanha e na França, são aproximadamente 500. Na Inglaterra, são cerca de 300. Enquanto que no Brasil, o Governo Federal mantém 90.000 em cargos comissionados. O excesso de comissionados também se alastra nos Estados e Municípios. Não há um controle e fiscalização de quem ocupa esses cargos e quais os critérios de competência para o preenchimento dos cargos comissionados.

Como se não bastasse o enorme quantitativo de cargos comissionados não podemos esquecer dos terceirizados e estagiários que incham ainda mais a máquina pública. Sempre cabe mais um, quando se tem um padrinho político. Vem pra administração pública você também, vem!!!

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