quarta-feira, 28 de setembro de 2011

As mentiras mais contadas pelos empregados




"Em média, 40% dos currículos trazem algum tipo de informação inverídica", diz Vander Giordano, diretor executivo da Kroll, empresa que atua há 40 anos na área de consultoria em gerenciamento de risco. Em um ano, a demanda da empresa pelo chamado "background check" - um serviço de levantamento dos antecedentes escolares, profissionais e até criminais do candidato  aumentou cerca de 25%.

Muitos brasileiros mentem para conseguir uma vaga de emprego. Isso não é novidade!!Até nossa atual Presidente da República, Dilma Rousseff tentou dar um ‘’upgrade’’ em seu currículo. Ela apresentou-se com título de Mestre em Economia e Doutora em Economia Monetária, porém a imprensa providenciou apurar os fatos junto a Universidade de Campinas –Unicamp. Para nossa surpresa (alguma mentira vinda de nossos governantes ainda é surpresa?) o diretor de registro acadêmico Antônio Faggiani disse: ‘’Dilma nunca se matriculou em nenhum curso de mestrado na Unicamp’. A pedido da Revista Piauí, foi verificado também o arquivo morto da universidade, e Faggiani confirmou: ‘O que existe, oficialmente, é a matrícula no curso de doutorado, em 1998, abandonado em 2004, quando acabou o prazo para a integralização dos créditos’". Dilma admitiu que o seu currículo no site do ministério estava errado. Depois foram descobrir que não foi ela, mas um terceiro quem inseriu a informação na plataforma lattes. Enfim, nunca saberemos se é verdade ou mentira o episódio.

Alguns brasileiros  não hesitam mentir ao elaborar um currículo. A justificativa para a mentira, eles acreditam ser nobre. Mentem nos currículos para sustentar a família. Os ladrões também alegam que roubam para sustentar a família. A questão de ética nos tempos de hoje depende da percepção do mundo. No quesito sobrevivência, talvez não fossémos tão éticos quanto imaginámos ser. Se cada pessoa tem sua ‘’ética’’ justica-se o mundo em que vivemos. Afinal, nossa sobrevivência está inserida no emprego, alimentação, moradia, saúde, educação, lazer, trânsito, política, etc. Vivemos a ética da mentira para justicar nossa(minha) sobrevivência.

As mentiras mais contadas nos currículos são: idiomas, saída de emprego, responsabilidades, salários, tempo de trabalho e formação. Ou seja, quase tudo é mentido nos currículos.

O deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT)) pretende transformar em crime e punir com até dois anos de detenção quem inserir informações falsas no currículo. O deputado justifica com o fato de muita gente mal intencionada obter vantagens na busca de empregos e assim prejudicar terceiros.O deputado citou até duas situações na esfera pública, disse ele:"Sempre existiu quem faça isso. Aqui no Mato Grosso há um desembargador que mudou o registro dele para poder atingir a idade para assumir o cargo de juiz. É uma prática criminosa e alguém precisa cuidar disso", diz Bezerra.O deputado lembra um episódio envolvendo a Presidente Dilma Rousseff em 2009. Alguns acham absurdo criar uma lei para essa modalidade. 

O Código Penal Brasileiro trata o crime de falsidade ideológica no artigo 229. A fraude criminosa consiste na adulteração de documento, público ou particular, com o fito de obter vantagem para si ou para outrem ou mesmo para prejudicar terceiro. Qual a melhor forma de punição? Justiça ou mercado de trabalho? Na esfera pública ter ou não uma lei para quem inserir informações falsas no currículo não fará muita diferença. Se com informações verídicas de demais crimes tais como: improbidade administrativa, abuso de poder, crime eleitoral, dentre outros a lei não pune os acusados. Quem está preocupado em saber se Dilma e/ou demais governantes mentem ou omitem em seus currículos? O povo? O eleitor se preocupa com títulos acadêmicos dos políticos? Os políticos se preocupam em oferecer educação de qualidade a população? Se a formação educacional não é exigida nas duas vias é sinal que não é prioridade. Ao contrário, dos políticos sem formação educacional e pouca competência eles ocupam cargos com bons salários. Já a população sem formação educacional e oportunidades ocupa favelas, viadutos e ruas com dinheiro vindo de furto, roubo e tráfico de drogas.

E as mentiras não param somente na contratação seguem adiante no ambiente de trabalho. Mentir no ambiente de trabalho é comum. Às vezes os chefes não percebem, mas há os ‘’colegas-X9’’ que percebem e alertam.

Entregar atestado médico falso é a mentira mais praticada pelos trabalhadores. A prática pode ensejar demissão com justa causa. Inventar ou aumentar sintomas de doença para trabalhar em casa é menos arriscado do que apresentar atestado médico. Porém, a pessoa tem que ser bem artista para encenar sintomas de doenças. Ainda que a mentira não traga prejuízos o funcionário que mente perde credibilidade.

Segundo consultores, as mentiras mais contadas pelos empregados são: culpar o trânsito pelo atraso no trabalho, inventar doença para faltar ou trabalhar em casa, acusar colegas pelos próprios erros, mostrar indisposição antes de reuniões importantes, culpar terceiros pelo atraso na entrega de projetos, alegar que o trabalho está adiantado, quando ele não foi iniciado. Se  não conseguimos parar de mentir é melhor renovarmos nosso estoque de mentiras, porque essas acima já estão ultrapassadas.

Fonte:


http://perspectivapolitica.com.br/2009/07/05/dilma-rousseff-e-celso-amorim-informacoes-falsas-nos-curriculos/

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