
Entre as verdades reafirmadas
pelos teóricos de estilos de aprendizagem é que: pessoas são diferentes uma das
outras e os professores devem levar essas diferenças em conta. Compreender
essas diferenças pode melhorar a qualidade do ensino. Muitos cientistas se
debruçam para entender os princípios envolvidos na aprendizagem, pois vários
fatores podem influenciar tais como: cultura, influência familiar, estímulos
desde a infância, interesse individual, esforço, genética, etc. A princípio
todos somos capazes de aprender, mas o que pode interferir em nosso desempenho
de aprendizagem?
O que definimos como estilo de
aprendizagem poderia ser o que denominamos de talento, inteligência ou
habilidade? Para o professor de psicologia da Universidade de Virginia, EUA
Daniel Willingham não há nenhuma evidência científica que comprove a existência
de estilos de aprendizagem. Para Willingham as pessoas estão confundindo estilo
de aprendizagem com habilidade. Este implica que as pessoas são capazes de
memorizar certas informações; aquele sugere que as pessoas aprendam melhor
através de uma preferência particular. Podemos ter boas habilidades visuais,
porém há uma diferença entre lembrar o que vemos e entender o que vemos. Para
ele os alunos não são iguais, mas essas diferenças referem-se a habilidades,
interesses e conhecimento que cada pessoa possui. Não há provas de que
coincidindo o modo de apresentação do conteúdo com o estilo de aprendizagem
preferido do aluno exista um melhor desempenho na aprendizagem dos alunos.
Algumas diferenças afetam nossa
aprendizagem e a primeira delas refere-se a nossa capacidade de aprender
diferentes disciplinas. A segunda refere-se aos nossos interesses e a terceira refere-se ao nosso profundo
conhecimento e domínio em certos assuntos.
A utilização de recursos
multimídia deve ser determinada pela forma como são adaptados ao conteúdo. Os recursos multimídia podem ser utilizados como suporte para transmitir a informação, mas nada substitui um professor altamente qualificado em sua formação ou área e competente em transmitir o conteúdo na oralidade.
Alunos diferem entre si em
habilidades, conhecimento e interesse, mas não em estilos de aprendizagem. As
pessoas podem ter preferências sobre como aprender, mas há nenhuma evidência
que atendendo essas preferências garantirá um melhor aprendizado. Os educadores
devem apresentar o conteúdo de acordo com o perfil da turma levando em conta
suas habilidades, conhecimento e interesse.
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