Kelly acredita que uma das
consequências da internet na mente, é tornar mais tênue a fronteira entre o
trabalho e o lazer. As pessoas não conseguem mais distinguir quando está
trabalhando online de quando está se divertindo. Perdemos muito tempo com bobagens.
A confluência do ‘’sério e do ‘’lúdico’’ é um dos grandes feitos da web.
Para o especialista em comunicação,
Daniel Cabrera o conteúdo da web é um reflexo da memória, da
imaginação e do pensamento humano. Segundo ele, menos do que moldar o nosso
cérebro a internet seria moldada por ele. Cabrera sugere que as conexões seriam
os nossos hiperlinks cerebrais, e a internet seria uma das formas de
comunicação que mais se assemelha a nós próprios. Para ele criador e criatura
se influenciam de forma parecida.
A internet trouxe uma mudança profunda
não só no conteúdo das informações, mas também na opinião. Quem
precisa de ‘’formadores de opinião’’ nos dias de hoje? A ampliação da incerteza
em relação à informação é decorrente das várias opiniões em torno de um assunto
que quase nunca chega a um consenso. O objetivo das grandes redes sociais é ser
um palanque de debates de ''formadores de pitacos'' em diversos assuntos. A web
é um imenso blá, blá, blá cheio de falsos entendidos no assunto, onde o que
importa é apenas opinar. Portanto, nossa liquidez mental é decorrente da perca
de tempo em mantermos conectados a assuntos, boatos, fatos e imagens
alimentados por figuras que não sabem nada de nada, mas que querem opinar sobre
qualquer coisa.
Será que grandes pensadores,
pesquisadores e cientistas sofrem ou sofrerão dessa liquidez mental provocada pela
web? È difícil imaginar Einsten, Platão, Freud, Miguel Nicolelis, Stephen
Hawking, Richard Dawkins, e tantas outras personalidades do século XXI que
contribuíram e contribuem para o progresso da humanidade em debates nas redes
sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário