
A gestão de projetos é um processo em que o gestor toma decisões para
realizar atividades em prazo definido. Apesar, de o nosso país ter virado um
canteiro de obras, o Brasil não é referencial em gerência de projetos. Tanto o
setor público quanto o setor privado são deficientes quando se tratam do
assunto, elaboração e execução de projetos. Há inúmeras causas que levam as
empresas e o governo a projetos mal-sucedidos. Uma delas é falta de
planejamento e pessoal qualificado. No setor público, há inúmeros exemplos de
obras inacabadas e/ou sem previsão de término. Já no setor privado erros e
falhas na elaboração de projetos são problemas mais comuns.
A elaboração de projeto engloba três níveis de planejamento:
estratégico, tático e operacional. No nível estratégico a alta cúpula é
responsável pela definição dos objetivos, planos e tomada de decisões quanto a
questões de crescimento, expansão e eficácia geral da organização para os
próximos anos. No nível tático traduzimos os objetivos gerais e estratégicos da
alta direção em objetivos e atividades específicas de cada departamento e/ou
setor da organização. No nível operacional focamos nos funcionários para que os
mesmos implementem os planos específicos definidos no nível tático.
Ao elaborar um projeto é importante definir claramente a necessidade e
objetivo do projeto. Sem essas premissas o projeto tende a ser um fiasco. Além
disso, é importante formar uma equipe coesa, alinhada com as diversas
etapas do projeto, pois a falta de interação e comunicação com as atividades
subsequentes interfere na execução do projeto. Cada um dos 24 ministérios e 13
órgãos com status de ministério espalhados pela Esplanada tem um planejamento
específico, que, muitas vezes, não se comunica com o dos vizinhos. A própria
presidente, segundo assessores próximos, tem uma visão muito particular. O
economista João Paulo dos Reis Velloso, que foi ministro do Planejamento nos
governos Médici e Geisel, é sarcástico ao falar da estratégia oficial de longo
prazo: “Se você souber de uma, me avise”, ironizou. “O PAC- Programa de
Aceleramento e Crescimento não tem nada de ruim, mas é apenas um programa. Foi
depois que o planejamento virou ministério que começaram os voos de galinha”,
alfinetou o economista, responsável pelo II Plano Nacional de Desenvolvimento
(PND), de 1975-79.
Cumprir prazos é um grande desafio para empresas e governo, pois o
brasileiro não tem a cultura de planejar. Em geral, os planejamentos na esfera
pública são do tamanho dos mandatos políticos. ‘’A União, por exemplo, teve
dificuldade de fazer parcerias com a China na área de preservação de
biodiversidade, durante a Rio+20, pois só temos projetos no setor para dez
anos, enquanto os asiáticos planejam as próximas três décadas”, contou a
ministra Izabella Teixeira.
A procura por cursos direcionados a gestão de projetos não fará do
brasileiro um exímio gestor de projetos. È preciso know-how e
pelo visto não temos bons exemplos na prática de gestão de projetos no mercado.
Tendo
em vista, nos últimos anos o Brasil ter se tornado um grande canteiro de obras
ainda temos muito que aprender para tornar concreto um antigo projeto ‘’
Brasil, um país do futuro’’, pois para termos um futuro exitoso é importante
tirar a ideia do papel e fazê-la seguir adiante.
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